" No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebi que estava lutando pela humanidade." - Chico Mendes


sábado, 2 de abril de 2011

O agronegócio e o mercado financeiro

Canja de um especialista informa!

"Demandas firmes nos mercados e ofertas em geral devem sustentar as principais cadeias produtivas do campo nacional em 2011." Era a notícia que corria na internet no ano passado e que está se concretizando este ano.

Luciano Van den Broek é Engenheiro agrônomo formado pela USP e mestrado em engenharia de producao pela UFSCar. Traballha atualmente como analista dos mercados de grãos, oleaginosas e algodão do Rabobank, que divulgou:

Esse horizonte, cujos contornos ganharam força no segundo semestre do ano passado, é confirmado pelo estudo "Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro", concluído recentemente pelo departamento de Pesquisa e Análise Setorial do Rabobank Brasil.

O aumento do consumo de produtos brasileiros, principalmente os "não perecíveis" foi "puxado" por países emergentes este ano.

Está claro que o ritmo de crescimento econômicos nos países desenvolvidos continuará lento por algum tempo, daí o peso dos emergentes na análise. E o Brasil, a partir do aumento do poder aquisitivo de sua própria população, colabora para elevar esse peso inclusive oferecendo novas alternativas de demanda por alimentos básicos, agrocombustíveis e produtos de maior valor agregado, muitas vezes capazes de compensar eventuais turbulências nas exportações.

Ocorre que estimativas apontam que o mundo deverá voltar a apresentar um excedente mínimo, depois de problemas climáticos em fronteiras como Rússia, União Europeia e Paquistão, e uma retomada tende a tirar um pouco do suporte dos preços no segundo semestre.

"O momento é de bonança, mas o produtor não pode se esquecer que isso é cíclico e que é preciso investir em qualidade, tratos culturais e comercialização", afirma Broek, que cita: "Os preços no Brasil estão até mais elevados do que na bolsa de Nova York".

O analista confirmou que as adversidades climáticas no sul do Hemisfério Sul, notadamente na Argentina (ver matéria abaixo), podem dar ainda mais fôlego às cotações internacionais, e a expectativa é que os preços subam no mercado internacional e levem junto os do Brasil, que depende de importações.

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