Segundo Davis e Goldberg, o primeiro a propor uma definição ao agronegócio em 1957, esse movimentador da economia é fruto do conjunto das operações de produção, distribuição e processamentos dos insumos agrícolas e seus derivados ou consequentes. Dessa forma a agricultura ganha um caráter abrangente, englobando tudo que garante a produção, ou seja, transformar, distribuir e até consumir os alimentos. O que toma a agricultura como parte de um ‘emaranhado’ de agentes econômicos. Discordo apenas quanto a não inclusão dos desdobramentos da forma como a população direta e/ou indireta é afetada nessa produção.
Para se ter um agronegócio é preciso ter matérias-primas como sementes, adubo, defensivos, ração; mão-de-obra especializada; maquinária; combustível; energia e tributos. Todos estes fatores ligados culminam na produção, a qual é favorecida se implementada por técnicas modernas. Devido à exigência do mercado, profissionais especializados como veterinários, agrônomos, zootecnistas são cada dia mais requisitados para melhor rendimento da produção. O processamento, ou seja, a obtenção dos subprodutos é a etapa seguinte, passando para a distribuição que começa no transporte dos bens agropecuários e segue até a área de logística. O processo só é considerado finalizado quando o produto chega ao consumidor o qual o recebe natural ou processado.
O Agronegócio pode ser desenvolvido em pequenas e médias áreas, ou seja, os minifúndios, que contam com áreas pequenas e poucos recursos financeiros para incrementar o processo. Contudo existem empreendedores modernos que conseguem maximizar a produção numa pequena área através da diversificação de culturas, que são aquelas que dependem de pouco espaço e muita mão-de-obra. Da mesma forma pode ser aplicado em grandes áreas, os latifúndios. Essa produção tem a monocultura como característica principal, e são cultivados os commodities (no Brasil destacam-se soja, milho, algodão e gado de corte e leiteiro). Neste tipo de produção o lucro é obtido através da produção em larga escala e na redução dos custos desta. E como fica a concorrência quanto ao espaço no mercado de trabalho?
Sobressai nos dias de hoje o sucesso do agronegócio, contudo vale lembrar que nos anos 70 ele começou a ser implantado como estratégia para a resolução de vários problemas estruturais que comprometiam o desempenho da agricultura. O desenvolvimento tecnológico promovido pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a abertura de fronteiras agrícolas nos Cerrados através de programas de colonização dirigida e as inovações dos mecanismos tradicionais são exemplos disso.

Percebo que vários fatores indicam que a médio/longo prazo o aumento da produção agrícola (principalmente de soja e milho) será exorbitante uma vez que o Brasil possui grandes áreas ainda inexploradas que poderão ser incorporadas. Contudo, cabe pesar na balança os prós e os contras dessa dita evolução. São maiores as necessidades do agronegócio ou as geradas por causa dele? Será que realmente o cerrado é um bioma dispensável? E realmente vale a pena fechar os olhos e ouvidos frente aos gritos da natureza pelos lucros? E quem resolve o problema daqueles que são ‘empurrados’ pelas fronteiras agrícolas? No fim qual é o verdadeiro prejuízo de se tratar arvores como moedas? Deixo claro que estas não são perguntas retóricas, mas sim questionamentos que cada um deve procurar uma resposta devido ao seu papel como cidadão.
Concluo assim, que a avareza pelo progresso e pelo papel verde que move a economia faz com que todos e cada um abram mão do seu direito por natureza, o qual tem um valor inestimável, e entrem em uma disputa na qual só os gigantes saem ganhando.
Fonte de pesquisa : http://pt.wikipedia.org
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